Duas semanas depois de perder em casa para o CRB (AL), o Paysandu volta a campo hoje tentando manter viva a fagulha de esperança que ainda tem pelo acesso para a Série B de 2012. Uma das vagas está nas mãos do time alagoano, que só não comemora ainda por causa da matemática. O jogo de logo mais é dos mais complicados. Primeiro, porque é fora de casa, em Lucas do Rio Verde (MT). Segundo, porque o time local, o Luverdense-MT, mostrou contra o próprio CRB que, mesmo perdendo, pode ser um dos postulantes a essa vaga restante. Esse rastilho de esperança que resta tem que ser alimentado com suor e todo o futebol que o elenco bicolor pode mostrar. "Temos que acreditar que o Paysandu pode chegar. Não podemos nos dar como derrotados. Esse time tem qualidade". A afirmação do técnico Andrade, dada um dia antes da viagem para o interior do Mato-Grosso, serve como uma espécie de apelo aos brios de seus comandados. Mesmo tendo um temperamento diametralmente oposto aos dos chamados técnicos motivadores, o comandante bicolor tentou usar de toda sua experiência, principalmente como jogador, para fazer com que os atletas deem algo as mais hoje.
Com a ida e vindas do Grupo E, o Paysandu soma apenas três pontos, contra um do América-RN e nenhum do Luverdense. Mas, o time paraense tem apenas três jogos pela frente, um a menos que o time potiguar, enquanto a equipe mato-grossense ainda entrará em campo mais cinco vezes. Se quiser se classificar sem maiores percalços, o Papão não pode mais perder daqui em diante. Tem que, pelo menos, vencer duas partidas e empatar outra. Menos que isso e o sonho do acesso fica praticamente descartado.
O meia Juliano, que hoje estará no banco de reservas, sabe que além das dificuldades técnicas o time tem que superar todos os problemas que aconteceram nos bastidores. Depois de mais uma mudança no comando e a saída de dois companheiros com forte ascensão sobre o grupo, o desafio é mostrar que nada disso possa servir de desculpas num caso de insucesso. "É chato tudo o que aconteceu, as saídas do Édson, Josiel e Sandro. São companheiros que todos gostam, mas em futebol estamos sujeitos a isso. Estamos tristes, mas não dá para se abater. Futebol não dá esse tempo, temos que entrar em campo e correr bastante. Temos que esquecer todo esse tumulto que passou".